O câncer pode estar relacionado ao meio ambiente, hábitos e costumes, ou determinados por questões genéticas, hormonais e condições imunológicas.
O câncer pode ser causado por fatores externos (substâncias químicas, irradiação e vírus) e internos (hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas ou estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas.
Esses fatores podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais, ou seja, podem agir em conjunto ou em sequência para iniciar ou promover o processo de carcinogênese. Em geral, dez ou mais anos se passam entre exposições ou mutações e a detecção do câncer.
Hereditariedade
A hereditariedade não é, em geral, a causa do câncer, mas sim uma probabilidade. São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel na oncogênese.
Um exemplo são os indivíduos portadores de retinoblastoma que, em 10% dos casos, apresentam história familiar desse tumor. Alguns tipos de câncer de mama, estômago e intestino parecem ter um forte componente familiar, embora não se possa afastar a hipótese de exposição dos membros da família a uma causa comum. Da mesma forma que um membro de uma família de cardíacos tem mais chances de apresentar infarto do miocárdio, uma mulher com mãe, irmãs e tias portadoras do câncer de mama, tem uma probabilidade maior de apresentar a mesma doença.
Há ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais sensíveis à ação dos carcinógenos ambientais, o que explica por que algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno. Existem ainda determinados grupos étnicos que parecem estar protegidos de certos tipos de câncer. Por exemplo, a leucemia linfocítica é rara em orientais e o sarcoma de Ewing é muito raro em negros.