Diagnóstico precoce salva uma em cada três mulheres

O câncer de mama é ainda o que mais preocupa as mulheres pela alta incidência e pelas mudanças estéticas que os procedimentos cirúrgicos podem causar. Números do INCA (Instituto Nacional do Câncer) estimam que no ano passado a incidência de câncer de mama foi de 51 casos a cada 100 mil mulheres, sendo o tipo de câncer mais frequente entre elas. O diagnóstico precoce e o combate aos fatores de risco podem ajudar na diminuição desses números e trazer mais qualidade de vida para as pacientes.

A mamografia ainda é o método mais indicado para a identificação precoce de tumores e deve ser realizada a partir dos 40 anos. “A realização anual da mamografia diminui em 34% a chance de mortalidade específica do câncer de mama. Ou seja, uma em cada três mulheres é salva pelo diagnóstico precoce”, detalha o Dr. Cid Buarque de Gusmão, médico oncologista do Centro de Combate ao Câncer. Dependendo da densidade da mama, fatores de risco ou presença de prótese mamária, o médico poderá solicitar, além da mamografia, uma ultrassonografia e até ressonância magnética das mamas.

O exame clínico da mama feito pelo médico e o autoexame são instrumentos importantes no diagnóstico precoce da doença. “O melhor momento para o autoexame é logo após a menstruação, quando a mama está menos inchada e menos dolorida. A mulher deve estar atenta tanto à mama como às axilas. Nódulos endurecidos, mudança do aspecto da pele, abaulamentos, retrações ou saída de secreção pela papila mamária deverão ser reportados ao médico”, explica. Mas é importante ressaltar que o autoexame é um complemento à mamografia. Só assim ele apresenta alguma vantagem.

A história familiar de câncer de mama deve ser sempre valorizada pelo médico e pela paciente. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou ovário, principalmente acometendo jovens, devem intensificar os cuidados com a prevenção. “Às vezes, é necessário aumentar a frequência da realização de exames, solicitar exames antes dos 40 anos, realizar testes genéticos e utilizar outros métodos de diagnóstico, como a ressonância magnética das mamas. Individualizar o risco e oferecer o melhor tratamento preventivo é a forma mais eficaz de evitar futuras dores de cabeça”, conclui o médico.

 

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