Comer faz muito bem à saúde
Uma nutrição adequada é fundamental para auxiliar no bom andamento do tratamento de qualquer patologia. No caso de pacientes com câncer, não é diferente. Mas engana-se quem pensa que para este tratamento existem restrições quanto à alimentação. O consumo de frutas, verduras, legumes, carnes, carboidratos e fibras deve ser diário. A readequação do cardápio pode ocorrer apenas para amenizar efeitos colaterais como náuseas, vômitos, alteração do paladar, feridas na boca e diarreia.
Dois grandes desafios são a manutenção e recuperação do peso dos pacientes. “É necessário que ele coma de tudo; a dica é ter o prato o mais colorido possível”, aconselha Tatiana Oliveira, nutricionista do Centro de Combate ao Câncer. Ela alerta que os efeitos colaterais do tratamento podem causar a perda de peso, mas também ganho. “O aumento de peso gera a necessidade de maior dosagem dos medicamentos, ação que deve ser evitada”, explica a nutricionista.
A experiência de Tatiana mostra que uma das dificuldades para os pacientes é readequar seus hábitos para uma alimentação saudável. “A maioria das pessoas não possui uma nutrição balanceada. Por exemplo, ingerem poucas frutas e não fracionam a alimentação ao longo do dia”, alerta e avisa que não é necessário ter um cardápio diferente dos demais membros da família. “A alimentação precisa apenas ser balanceada”, reforça.
Beber cerca de 2 litros de água é outra recomendação importante. “Deixar a água em locais de fácil acesso é uma atitude simples e que auxilia nessa questão”, diz a nutricionista. A suplementação alimentar é uma saída para casos em que há significativa perda de peso. “Há suplementos alimentares com diferentes sabores ou até mesmo insípidos. Há produtos em pó, líquidos e que podem ser consumidos diretamente da embalagem ou misturados com outros alimentos”, explica a nutricionista.
A ingestão de alimentos também pode ser influenciada pelos efeitos colaterais das drogas quimioterápicas, da radioterapia ou até de cirurgia. O paciente pode utilizar diversas dicas para superar essas questões como, por exemplo, o recorrente gosto metálico na boca que pode ser amenizado pelo uso de talheres de plástico. Nos casos de náuseas, não é recomendável forçar a ingestão. O adequado é buscar orientação médica para verificar a necessidade do uso de medicamento específico e procurar alimentar-se nos momentos em que sentir menos náusea. “É importante saber que sempre há alternativas. O nutricionista pode ajudar a achá-las”, orienta Tatiana.
Receita
A nutricionista Tatiana Oliveira selecionou a receita de Suflê de Ricota como uma dica para pessoas em tratamento. Confira abaixo:
Ingredientes
- 250g de farinha de trigo
- 250g de ricota fresca
- 100g de margarina sem sal
- 250ml de leite com baixa lactose
- 1 ovo inteiro
- 1 dente de alho
- 1 cebola pequena
- Sal a gosto
- 1 colher (sopa) de manjericão
Modo de Preparo
Numa panela, doure a margarina, o alho e a cebola batidos e acrescente a farinha de trigo. Ferva o leite à parte e, aos poucos, acrescente o leite na farinha de trigo até formar uma massa consistente.
Cozinhe por 5 minutos. Bata a clara em neve e coloque na massa, misturando bem. Por último, acrescente a gema e a ricota temperada com manjericão. Arrume a massa numa assadeira untada (pouco). Asse em forno quente.
Receita tirada do livro “Comida que cuida 1 – Mais cor no prato e na vida durante o tratamento do câncer”, obra voluntária da Sanofi-Aventis no Brasil.
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