Novas drogas para o tratamento do melanoma avançado

Duas novas armas contra o melanoma avançado foram apresentadas em junho de 2011 durante o Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago (EUA).

O melanoma é um tipo raro de câncer de pele que, em fases avançadas, é extremamente agressivo e não responde bem aos tratamentos atuais (quimioterapia ou radioterapia). A estimativa de 2010, para os Estados Unidos, é que ocorreram 68.130 casos novos da doença.

Uma das medicações apresentadas é a droga injetável ipilimumabe. Ela é um anticorpo monoclonal que tem o poder de aumentar significativamente a resposta imune do indivíduo, a ponto de combater as células malignas do melanoma. No estudo, esse me­dicamento foi combinado a um quimioterápico (dacarbazina), levando ao aumento do tempo de vida comparativamente aos indivíduos que utilizaram apenas o quimioterápico. Os principais efeitos colaterais foram diarreia, alterações da função hepática e placas avermelhadas na pele.

A outra nova arma chama-se vemurafenibe . Trata-se de uma medicação oral (droga-alvo) que funciona em cerca de 50% dos casos de mela­noma metastático. É possível, por meio de uma análise genética do tu­mor (mutação do BRAF V600E), saber se essa droga será ou não eficaz. Nos pacientes sensíveis a esse agente, as taxas de resposta foram mui­to animadoras e também houve aumento no tempo de vida compara­tivamente ao grupo que recebeu o tratamento quimioterápico padrão. Os efeitos colaterais dessa medicação foram placas avermelhadas e au­mento da sensibilidade da pele ao sol. Ocorreu também um aumento no índice de outros tumores de pele, muito menos agressivos e passí­veis de cirurgia.

Essas drogas são apenas a ponta do iceberg, e muitos novos medicamentos e combinações estão sendo estudados. Embora ainda exista um longo caminho a ser percorrido no conhecimento para encontrar a cura do melanoma metastático, essas drogas representam um importante e significativo avanço.

 

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